sábado, 22 de agosto de 2009

Entrevista de Neto no Forró Dicunforça



Foram oito anos e seis meses em uma das maiores bandas de forró do Brasil, a Calcinha Preta. Mas como ele mesmo diz: nada é para sempre. Estamos falando de Raied Neto, da banda Amor Real.

Ele esteve em Teresina na última sexta-feira e gentilmente concedeu uma rápida entrevista ao Forró Dicumforça. Apesar de curto, o papo revela um Neto magoado com sua conturbada saída da Calcinha Preta. O vocalista chegou a dizer que não agüentava mais o clima na CP e desabafa: "Gilton nunca me explorou musicalmente".

Confira na íntegra que disse o cantor ao repórter Hérlon Moraes.

Como está sendo essa sua fase de transição de bandas?

Graças a Deus estou satisfeito com essa nova família que estou fazendo parte agora. Estou em casa, né. Como vocês sabem, sou cearense, passei mais de nove anos em Aracaju. Foi bom. A cidade é acolhedora. Me recebeu de braços abertos. Tenho Aracaju como a minha segunda casa.

Fico grato por tudo que recebi. Tudo que tenho hoje na minha vida devo a Calcinha Preta, a Aracaju, devo aos meus irmãos que fazem parte da família Calcinha Preta.

Hoje, compartilho dessa nova família, estou muito satisfeito. Estou em casa, perto de minha mãe, meu pai, meus avós, minhas irmãs. Pra mim é um prazer estar na Amor Real

Ficou alguma mágoa quando você deixou a CP? Foram muitas as polêmicas.

Eu fiquei um pouquinho sentido. Eu soube que tiveram alguns poréns, Paulinha teve que voltar atrás. Eu já estava a fim de sair com ou sem Paula, com ou sem Marlos. Eu já não estava mais agüentando o clima. Foram oito anos e seis meses, nem tudo é pra sempre. Hoje, você está aqui no Dicumforça, amanhã pode não estar. A vida continua. Agradeço tudo que tenho a Calcinha Preta, a Gilton, mas a vida anda e tenho que andar com ela. Está sendo prazerosa minha nova trajetória aqui na banda.

Você não acha que foi pouco aproveitado na Calcinha Preta?

Com certeza! Pelo pouco espaço que eu tinha na banda, eu sou um cara que devo levantar a mão pra cima e agradecer a Deus pelo reconhecimento, mesmo sem espaço. Fico grato aos meus fãs, a vocês, em fim a toda mídia. Nunca Gilton me explorou. Ele nunca colocou uma música minha como sendo de trabalho para tocar em rádio, pra eu gravar programas de televisão. Tudo que eu consegui foi com meu público. Segredo estourou depois do DVD. Foi tocada na rádio, não porque Gilton queria, mas pelo sucesso, mesma coisa foi com furunfa e outras músicas como bebo e choro. Eu sou grato demais ao meu pai do céu, pois não estaria aqui e não teria esse nome.

Pouco espaço, mas muito talento, num é isso?

Eu sou suspeito para falar de talento. Tenho um carinho grande pelos meus fãs, eu tenho 30 anos, gosto de estar no palco. É muito bom.

Nesses seus 14 anos de forró, você acha que o ritmo mudou muito de lá para cá?

O forró vive passando por mudanças. Antigamente, não atingia os espaços que hoje acontece. Era muito difícil ir para o sul e fora do país. Hoje, com a modernização, o forró está tendo uma aceitação bem maior, mas não fugindo das raízes, como Luiz Gonzaga.

CRÉDITOS: FORRÓ DICUNFORÇA.

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